Ficha - Krieg Hunter

Uma criança de rua não tem muitas escolhas, é arriscar e tentar sobreviver ou não fazer nada e morrer na sarjeta. Apenas uma criança burra tentaria roubar uma venda de armas sendo o dono um Galka de mais de dois metros de altura. Talvez um pouco de sorte tenha salvo o garoto de não ser morto na hora, ou talvez tenha sido azar por ele ter desmaiado ao ser pego no flagra. Por surpresa do garoto ele acordou numa cama improvisada ainda na pequena loja e com um pouco de comida ao seu lado. Ele comeu e quando viu o enorme dono da loja chegando com uma faca na mão, imaginava que seria seu fim. Além de tentar roubar armas do cara, tinha roubado comida também e agora ele que viraria uma refeição. Ele pulou da cama apressado e por ser menor, era mais rápido que o Galka. Com medo e desesperado ele pegou uma faca qualquer ali mesmo ja que não tinha forças para usar uma arma maior. O Galka se aproximou também com uma faca na mão e aos poucos, como que provocando o garoto, tentava corta-lo devagar, fazendo o garoto surtar mais ainda enquanto batia uma faca na outra tentando se proteger. Ele não aguentou nem um minuto naquela situação, logo perdeu o equilíbrio e caiu no chão desmaiando novamente. Ele imaginou que tudo aquilo fosse um sonho ja que acordou novamente naquela mesma cama improvisada com o Galka sentado em uma cadeira ao seu lado com aquela mesma faca na mão. Ele apenas riu do garoto e jogou a faca no chão tentando controlar a risada alta. Krieg, sem entender nada apenas se encolhia contra a parede tentando se agastar em vão. Uma longa noite se passou com o Galka tentando acalmar o garoto querendo saber o por que de ter roubado e dizendo que também havia passado por aquilo. Ele chamou o garoto de idiota, claro, por tentar roubar a loja enquanto o dono ainda estava nela, mas apesar de tudo, ele se divertiu enquanto o garoto "lutou" por sua vida com aquela faca. Não demonstrou coragem, longe disso, apenas medo, mas o Galka viu um garoto que naquela idade conseguia confiar sua vida naquela pequena e frágil lâmina. O Galka, que mais tarde se apresentou como Dobrador de Metais, forjava as armas que vendia em sua loja e convenceu o garoto a ser seu ajudante em troca de comida e um lugar para morar. Krieg não levava jeito para forja, não se interessava em como aquilo funcionava e achava tudo muito chato, mas gostava do resultado final, um metal reluzente como um espelho. Não apenas facas e espadas simples eram feitas, mas machados, lanças e outros tipos de armas brancas eram forjadas facilmente pelo Galka. Ele não era muito bom com armas, mesmo as forjando, então ensinou o garoto desde cedo, usando ele como um testador para suas obras. Era perfeito pois o garoto gostava daquilo, parecia um simples jogo girar uma lança na mão ou brincar com facas. O Galka, conhecido ali nas ruas como Dobrador de Metais, havia viajado bastante enquanto aprendia e tudo que ele descobria acabava anotando e transformando essas anotações em pequenos livros que usava para ensinar Krieg tanto a ler quanto escrever. O garoto cresceu conhecendo mais sobre o mundo do que muita gente, mas ele sabia que havia mais por trás disso. Ele estava sempre perguntando detalhes para o Galka que não sabia responder, mas sempre dizia que o garoto podia descobrir essa resposta algum dia se quisesse. O tempo foi passando e a vida era bem calma e monótona, mas algo sempre acontecia quando outros vendedores de armas rondavam perto da loja. Um roubo noturno aqui, boatos ali e o Galka Dobrador de Metais sendo morto por armas de fogo enquanto ateavam fogo a sua loja. Um choque para um garoto ver alguém que ele considerava um mestre e um pai sendo morto por uma simples disputa entre lojas. Não havia mais nada ali, nada que podia ser vendido, apenas papeis queimados e algumas poucas armas que não podiam ser mais comercializadas por causa do risco. O fim servia como um novo começo para o jovem Krieg. Ele nem mesmo pensava em vingança, algo que só faria as coisas piorarem mais ainda, e não era algo que o Dobrador de Metais iria querer. Pegou o que conseguiu e saiu dali, iria tentar descobrir mais sobre as histórias que aprendeu, continuar o que seu falecido pai começou.